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União nacional dos estudantes motoristas

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“Para quem tem Isic, desconto na Chevrolet é item de série”

Afora para parte da classe média que quando o filho passa no vestibular, presenteia-o com um carro, estudar não tem nada a ver com dirigir.

Poderíamos pensar que, para o jovem que completa 18 anos e fez tudo segundo as regras (pagou propina ao instrutor ou despachante, ou não esbarrou na guia na hora da baliza), o carro é um instrumento que o permite colocar em prática um desejo, seja de liberdade, seja de independência ou qualquer outro.

Neste sentido, o carro seria um presente em reconhecimento ao esforço do jovem em ultrapassar a barreira do cruel sistema brasileiro de eliminação de candidatos. Parece-nos, porém, que, para o estudante e sua família, o carro é muito mais do que um presente.

Na classe média alta paulistana, uma espécie de ritual de passagem para a vida adulta inclui o carro. Em todas as sociedades, grandes mudanças pedem um objeto cheio de significado. Nada mais “natural” que a passagem do ensino médio a um concorrido curso superior seja representada pela imagem sacra mór que é o carro. Afinal, na sociedade do automóvel, parece ser nele e através dele que a experiência adulta se inicia, de fato.

O carro é um símbolo da vida adulta, como as calças cumpridas já foram um dia. É apetrecho obrigatório entre as classes mais altas; é apetrecho invejado e desejado entre as classes mais baixas. É “item de série” do estudante, como diz a propaganda acima.

Qual estudante?

A maioria das famílias brasileiras é pobre, conseqüentemente, a maioria dos estudantes é pobre. Mantém-se no ensino médio por obrigação, esperança de dias melhores ou falta de coisa melhor para fazer mesmo, uma vez que, em geral, a escola pública não é bem avaliada por ninguém.

A educação da maioria é daquelas áreas em que o governo está sempre investindo, pesquisando e declara prioritária. Uma área prioritária que quase não sai do lugar. Como essa maioria tem que dar um jeito de não virar suco. Depois de freqüentar a rede pública de ensino média, ela corre atrás do prejuízo na rede privada de ensino superior. Vira refém de “Unis” pilantras, cursos de especialização falsos e agências de recursos humanos 171.

Desde que empresas detectaram que a vontade de aprender e trabalhar é grande entre aqueles aprisionados pela falta de oportunidades no ensino público, é a livre concorrência quem regula a qualidade do ensino. O governo lava as mãos e larga a educação da nação aos cuidados de empresários, anos depois anuncia preocupação com o recorde de reprovações no exame da OAB.

O movimento estudantil foi para a casa do chapéu. Junto com a maioria dos sindicatos, viraram aparelhos burocráticos de cobrança de mensalidades e emissão de documentos.

As uniões estudantis calam-se sobre o oba-oba do ensino superior privado que abocanha salários de jovens trabalhadores interessados em ter uma vida mais confortável. Quando a idéia é se associar com multinacionais para vender carros aos estudantes que não precisam trabalhar oito horas por dia e podem pagar pelas prestações de um, mostram-se alertas e ativas.

Written by panopticosp

março 26, 2008 at 19:37

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Pedintentes e turistas

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Correm descalços na areia escaldante, levam cervejas, caipirinhas, peixes, macaxeiras. Ao virarem as costas, o “doutor” lembra-se de algo “ô…”, o sal, o vinagrete… Vão e voltam com o esquecido. Assim vai o dia, correndo de um lado para o outro, cruzando seu trecho particular de deserto, “a conta”, “mais uma”, “mais uma cadeira”, “tá saindo?”. Trabalham para os bares, restaurantes e barracas oficiais da praia.

Os demais estão por conta. Eles e elas vendem camarão, queijo coalho (com mel, orégano ou alho), caranguejo, ostra fresca, passa de caju, cocada, brinco e pulseira, “trampo hippe”, tatuagem provisória, trança de cabelo, tererê, pastel, lanche natural, canga, biquíni, presilha de cabelo, origami de folhas naturais.

Guiam turistas por praias e cidades (sem compromisso), indicam pousadas e hotéis correndo atrás de carros na entrada de balneários, mentem necessidades e inventam estórias trágicas que amolecem o turista, armam e desarmam fileiras imensas de guarda-sóis, limpam praias para que os próximos voltem a sujar, lavam os pés dos turistas nas embarcações, ajudam a descer e a subir de bugs, barcos, vans e ônibus, mergulham em busca de cavalos-marinhos, levantam ancoras, recolhem velas, servem frutas, tiram fotos submarinas e terrestres, resgatam quase-afogados.

Perdidos em plena juventude. Sem ter o que fazer nos paraísos do planeta. Sem ter o que fazer em plena juventude. Fazem qualquer coisa por uns trocados. Inclusive acompanhar senhores durante algumas horas.

Os programas de incentivos ao turismo beneficiam apenas grandes agências de viagens, empresas de transporte e redes de hotéis e restaurantes.

O resto é miséria. São cidades desorganizadas onde o dinheiro dos turistas e impostos vão para não se sabe onde. Programas de fomento à venda disfarçada de mendicância, à servidão disfarçada de presteza, ao trabalho infantil disfarçado de bico de verão.

A alegria do povo brasileiro é uma de suas características mais evidentes e marcantes. Em cada cantinho do nosso País é possível provar da simpatia, do calor humano e da hospitalidade da população local. Fonte: Ministério do Turismo, Com quantos sorrisos se faz um país?

Sim, podemos ver a alegria com que eles nos servem.

Written by panopticosp

dezembro 19, 2007 at 21:57

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Carro sujo sempre vai ter

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Três dias procurando aquele sotaque gostoso, aquele vocabulário desconhecido. Diluído nas regiões freqüentadas por muitos turistas; como sempre, o encontrei no ônibus.

– É muito fácil, véio. Você já tinha trabalhado com jato?
– Não, não.

Tinham uns 25 anos, um sentado o outro em pé. Encaixei-me em pé. Sete horas da noite. Carro cheio, mas não lotado.

– Você vai ver, é muito fácil. É fácil demais.
– Aqui nessa região se você entrar nas ruas aí, vai ver um monte de lava – rápidos. Se pegar a manha e não faltar e tal, é bom.
– Pra mim tá bom. Ficar em casa é uma merda e aqui eu tiro um. Daqui um tempo já dá pra ir me arrumando.
– Se vai ver, carro sujo sempre vai ter, né.
– Quando eu falto lá fica corrido, os caras nem olham na minha cara no outro dia direito. Eu chego já tão com aquela cara. Quando outros caras faltam, tudo beleza, ninguém faz cara. É corrido.
– Já fez painel.
– Painel, não.
– É fácil demais, véio. Fácil demais.
– O bom lá, você vai ver, é que você faz de tudo e aprende tudo. Você faz pneu, painel, aspira…
– O velho que é folgado, eu tô aspirando e ele fica me chamando para fazer o pneu… eu finjo que nem ouço. Aí ele vem “- Tá morto aí?”, “- Não dá pra ouvir com essa zuada no meu ouvido, né”, “- Passa o pneu aí”. Porra, o cara quer eu faça o pneu do mesmo carro. Só atrasa o carro.

Não sei como, acho que foi na hora que o celular do que estava sentado tocou e ele desligou após olhar para a tela, o assunto saiu do bairro do trabalho e foi para o bairro de moradia.

– O cara vendeu o garfo, dois pneus… Nem sei por quanto. Eu tinha dado pra ele.
– Mas o cara vendeu as peças que você tinha dado?
– Eu dei uma parte para o meu pai. “- Ae, pai, você não queria colocar sua bicicleta para rodar de novo? Pega aí o que precisa”. O resto eu dei pra esse cara. Eu tava em casa e toda hora vinha alguém “empresta aí, rapinho, pra um corre”. Porra, às vezes de noitão, vinha um bater pedindo, eu emprestava de boa, mas era toda hora, não dava, toda hora, véio, na janta…
– Mas eu quero arrumar outra.
– Outro dia tinha um maluco vendendo uma novinha por cinco conto. Cinco conto.
– Porra, o cara tava na nóia, heim….
– É, novinha. Não acreditei, mas não tinha os cinco. Vendeu rapinho ali na rua.
– E você vendeu aqueles falantes?
– Quarenta conto.

Foi mais ou menos assim, bem mais que isso, num ônibus de linha em Maceió. Entendi a placa que vi numa casa de uma vila próxima da praia da sereia. “Não empresto a bicicleta. Não insista”. Gostaria de ter a foto da placa e a gravação do diálogo dos dois rapazes. Escrevo para poder reler e quando reler tentar recordar do sotaque de quem entende como o as coisas rodam diferentes para alguns.

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dezembro 12, 2007 at 21:09

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Humilhação larga

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Assistindo o vídeo desta revoltante “ação” publicitária Ombros largos, a explicação sobre a “solução”, o “público-alvo” e os comentários sobre a eficiência do conceito, lembro imediatamente de uma imagem um tanto antiga: o garoto engraxando os sapatos de um senhor austero e trabalhador, que do alto de seu status bate-papo no bar enquanto contempla de forma natural o trabalho daquele, que agachado aos seus pés, limpa seus sapatos. Como alguém se sente confortável com uma pessoa aos seus pés lhe limpando?

As condições de trabalho que conhecemos hoje são drásticas, mas a imagem de uma pessoa carregando outra nos ombros é talvez mais forte do aquelas de trabalho em locais insalubres etc. Embute um sadismo social, impinge uma humilhação difícil de medir.

Pensando bem, já estamos em outro ponto (o sadismo pressupõe que o protagonista que será humilhado tenha algum valor, justamente para que este valor possa lhe ser retirado – dentro de um ritual), o que assistimos é um desprezo completo pelo outro. Nas cenas é possível perceber a naturalidade de atitudes, a rapidez no contrato do “serviço” de carga, as amigas que ao se divertirem simplesmente ignoram onde estão sentadas; bom, na verdade, o fato de ser uma pessoa – uma pessoa grande, diferente, bizarra, objeto de fetiche – torna tudo mais divertido.

Não sei exatamente o que poderia passar pela cabeça de um rapaz contratado para carregar nos ombros pessoas que se divertem num show. Seria preciso um desprendimento fenomenal para achar engraçada a “brincadeira”, mas certamente fez parte da estratégia mental desses rapazes entrar na brincadeira para não ficarem loucos ao se reconhecerem como burro de carga.

Como foi possível formular e concretizar uma propaganda assim? A questão talvez não seja nem como, mas quando, pois tal idéia só poderia surgir e se concretizar nos dias de hoje.

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junho 27, 2007 at 14:50

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Novo Fiat Palio: a emoção está aqui

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Resultado da sessão do CONAR (Conselho Nacional de Auto-regulamentação publicitária) de 19/04/2007:

Representação Nº 051/07, “Novo Fiat Palio – Toda emoção está aqui”. Resultado: alteração por maioria de votos.

Uma pessoa que gosta de arriscar a vida, pode enfrentar um furacão, uma tempestade em alto-mar ou dirigir um carro em alta velocidade.

A maioria das pessoas prefere dirigir carros em alta velocidade, mesmo porque carros que atingem 180km/h (muito acima do permitido em qualquer rodovia do país) estão disponíveis para quem possa pagar por um. Basta um curso que ensina a dar setas, pisar no freio e estacionar o veículo sem raspar o pneu na guia.

Incentivos a direção perigosa são exibidos todos os dias pelas redes de TV. Desde de criança, carrinhos de brinquedo com adereços como fogos nas laterais habitam e alimentam nossas mentes.

Recentemente numa dessas propagandas, um jovem saía de um furacão e caía direto dentro de um Fiat Palio a sei lá que velocidade, a idéia era que estar dentro de um carro provoca emoção similiar a de estar no meio de um tormenta ou de um mar revolto.

Público alvo – compradores apegados a alta velocidade: jovens.
Público alvo – assassinados por carros em disparada: qualquer pessoa que esteja deslocando-se pelas ruas.

Technorati tags: transporte, fiat

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maio 2, 2007 at 16:32

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Celular, status

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As mercadorias são desejadas de forma fetichista. Umas são mais apelativas que outras. Pode se imaginar difícil o apelo sobre ventiladores e fácil o sobre cigarros, mas as imagens são criadas e descoladas da “função” da mercadoria, ou seja, um punhado de marqueteiros pode providenciar algum fetiche sobre ventiladores.

Mensagens subliminares diárias, campanhas publicitárias milionárias, reportagens “desinteressadas” da grande mídia, lobby político e lobby cultural (cinema e cia.) fazem parte do grupo de ações que comporá o clima necessário para que uma menina de 12 anos queira ascender um cigarro com um isqueiro zippo e tragá-lo suavemente enquanto cruza sensualmente as pernas.

O carro é um objeto que custa cerca de 85 salários mínimos. O brasileiro, como o resto do mundo, o deseja. Ter um carro pode representar muita coisa, sucesso com as garotas, orgulho para o pai, inveja dos vizinhos, aventura, glamour, requinte, estilo, o que seja, cada modelo tem seu apelo.

O fato é que poucos podem comprar um carro. Mesmo com todo esforço do mundo e muitas dívidas, este objeto está muito longe da realidade da imensa maioria.

O celular é uma mercadoria mais barata, começou com um apelo funcional. A mãe conseguir falar com os filhos, ligar para alguém de qualquer lugar, fazer uma ligação de emergência…

Rapidamente ganhou funções inúteis, marcas, modelos e preços diferentes e, pronto, o negócio estava feito. Um objeto de forte apelo, capaz de diferenciar ricos de pobres, pessoas de “bom gosto” e pessoas fora de moda.

É facilmente constatável. Na porta de uma escola, na entrada de um prédio de atendentes de telemarketing (salário médio R$600), numa reunião de estagiários, em qualquer lugar o desfile de modelos de aparelhos impressiona.

Por que o computador, por exemplo, continua preterido – inclusive na chamada classe C – diante de uma aparelho celular de mesmo preço (digamos R$1000), se o primeiro abre uma série de possibilidades de trabalho, estudo, lazer?

Pode existir uma série de fatores como condições de pagamento, juros, disponibilidade no mercado etc., mas certamente tem muito a ver com status social.

Você não pode sair com seu PC na rua e “o pessoal do escritório” ou “a galera da escola” vê-lo conversando alegremente através do objeto. Digamos que carros e celulares são “dirigíveis” em vias públicas.

Tem uma função muito prática que é mostrar sua “identidade”, algo como “me digas que carro tens que direi quem és”. Um celular pode mostrar aos demais seu “estilo”, “quem você é”, sua “atualidade” com o mundo… Enfim, eleva e delineia seu poder nas relações diárias com outros seres.

Opa, mas claro que você não comprou um celular “para ficar se mostrando”, gastou R$800 num aparelho que trocará por outro mais moderno daqui 8 meses (antes de terminar o pagamento parcelado do atual) por outros motivos que não têm nada a ver com status.

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Telefonia celular consome 20% de orçamento dos jovens

Written by panopticosp

abril 20, 2007 at 14:05

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A falsidade das edições luxuosas

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Comprando um álbum de figurinhas completo na megastore

A atual enxurrada de “edições de luxo” de materiais anteriormente mal publicados não é para o leitor, como pode parecer, um benefício. É antes de tudo um esbulho.

Não tão falsas quanto as “edições de colecionador” em que a constatação da falsidade vem estampada na própria propaganda – uma vez que colecionador algum concede valor a algo não original e não raro -, as “edições de luxo” contam com valores buscados por fetichistas e alguns colecionadores. As edições são de fato de luxo: capa, papel, impressão… Afora estes itens encarecedores, nada mais. São somente luxo. Atributos que agregam ao conteúdo de fato, como comentários, extras, prefácios e outros, nada! O colecionador antes de ser um fetichista é um estudioso. Desta forma, as edições de luxo serviriam àqueles colecionadores que estudam menos e privilegiam atributos fetichistas, mas nem ao menos é este o caso.

Colecionador coleciona. No caso dos quadrinhos, itens em série. Comprar pressupõe dinheiro; colecionar, muito dinheiro; por isso o colecionador analisa muito o custo-benefício de cada item, pode pagar 1000 reais por algo que interessa a sua coleção, mas não dá um real a algo que vale 30, mas não interessa a sua coleção. O que interessa ao colecionador é a consistência de sua coleção. O colecionador deseja diversos itens, mas não compra apenas de acordo com seu desejo, quem compra de acordo com o desejo imediato, que é aleatório (se não fossem pautados pela mídia, lojas, tendências) é o leigo.

A editora Conrad assumiu o controle das edições nacionais de quadrinhos adultos, assim como a Cia. das Letras, dos títulos de literatura contemporânea e a Trama, da discografia “alternativa”. A Conrad, ligada nos lançamentos internacionais e nas tendências juvenis, solta uma quantidade enorme de coletâneas luxuosas voltadas a um público de meia idade que curte “temas jovens”, que tem dinheiro para comprar material bem produzido e preguiça de sobra para não ir atrás das publicações empoeiradas. Estas empresas têm sucesso não pelo investimento em títulos e traduções como propagam, contam, principalmente, com a busca dos consumidores por praticidade, material sem grande profundidade, estética atual e, principalmente, a sensação de adquirir algo completo de uma só vez – resolver o problema rapidamente, afinal para ir atrás de todos os LPs de fulano, se acabaram de lançar um box completo, novinho, que vem com uma camiseta encartada, sem as capas e encartes originais e que custam um absurdo?!

Lucros maiores, distribuição facilitada fazem com que as coletâneas luxuosas deixem de ser mais uma opção no mercado e passem a ser a única, já que as empresas deixam as edições periódicas de lado. Títulos diversos que começaram a ser lançados em série ganham sua edição coletânea-luxo já na quarta ou quinta série! Os quadrinhos “underground” vêm em edições requintadas… é contra senso além do suportável.

Não há graça alguma em comprar um livro capa dura com as dez edições de determinado título. O colecionador prefere comprar mensalmente suas edições seriadas – com dez capas moles e não uma dura – e não ter um belo livro na estante, mas ter feito da estória do quadrinho parte de alguns meses de sua breve vida.

Bom, dou um desconto, exibir a coleção faz parte, mas não há orgulho algum em exibir um álbum de figurinhas completo se você já o comprou completo pronto numa megastore.

Meus pesâmes a todas pequenas lojas fechadas em São Paulo que contribuíram para a formação de um mercado de leitores (Muito Prazer Quadrinhos, Livraria Belas Artes, Livraria Duas Cidades e outras dezenas).

Technorati Tags: quandrinhos, livros, hq, edição+luxo,

Written by panopticosp

dezembro 15, 2006 at 17:40

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